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SantigosoIgreja de São Simón

A igreja paroquial data do século XVIII e possui um belo retábulo barroco esculpido em 1784 e alguns interessantes altos-relevos figurativos nos intradorsos do arco triunfal: uma representação do demónio, uma sereia do mar (símbolo do engano), pulgões... uma mão-cheia de imagens representativas do pecado e do mal situadas no limite entre o mundo terreno (nave) e o reino de Deus (capela-mor). O templo foi anexado à igreja de Santa Maria da Vilavella, que era um padroado laico, o que significa que desde o século XV era controlado e financiado pelo Conde de Benavente, uma família laica abastada.
Numa antiga casa da aldeia existe uma gravura semelhante à de Cádavos: cálice com hóstia sagrada sobreposta, entre dois castiçais, "talvez do século XV", segundo Rivas Quintas e Rodríguez Cruz. Na parte inferior vê-se: Xesús María com uma cruz chutada em cima. Algo semelhante pode ser visto no átrio da igreja de Ganade. Em 1506, o cardeal Cisneros, regente da Coroa de Castela em duas ocasiões, pernoitou nesta paróquia, coincidindo com a Vista de Remesal (Sanabria), onde Fernando, o Católico, e o seu genro, Filipe, o Belo, se reuniram para decidir quem deveria assumir o governo de Castela.

Terra de castanheiros
O filólogo e etnógrafo Rivas Quintas considera que Santigoso é claramente um nome abundante com um sufixo latino tardio em -oso. Parece tratar-se de um primitivo (*terrenu) salticosu > *Sautigoso > Santigoso. O valor seria: "terra de castanheiros". Parejo deve ser Santigueiro em Parada del Sil e A Peroxa (Ourense), primitivo *terrenu salticariu.